sábado, 19 de janeiro de 2008

JORNAL PEREGRINOS - Santo do mes de janeiro

Dia 25 de janeiro – Dia da Conversão de São Paulo

São Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, pelo ano 10 de nossa era, de uma família judaica da tribo de Benjamin, mas ao mesmo tempo cidadão romano; recebeu, desde a infância, uma séria formação religiosa segundo as doutrinas dos fariseus. Foi perseguidor da jovem Igreja Cristã, mas teve uma conversão súbita no caminho de Damasco, devido à aparição de Jesus ressuscitado, que lhe indicou a sua missão especial de apóstolo dos gentios ou pagãos, ou seja dos não-judeus. No dia 25 de janeiro recorda-se exatamente esse dia em que Paulo de Tarso converteu-se ao Cristianismo (At 9,3-19; 1,12.15ss.; Ef 3,2s).
A partir desse momento ele dedica toda a sua vida ao serviço de Cristo, viajando dezenas de milhares de quilômetros nas redondezas do Mar Mediterrâneo em pregação. Foi então que começou a usar o nome grego de Paulo, preferentemente ao judaico Saulo. Sua morte se deu em Roma pelo ano 67.
O apóstolo Paulo é talvez o personagem do Novo Testamento que melhor conhecemos, através de suas 13 epístolas e dos Atos dos Apóstolos. Acredita-se que ele seja o responsável por transformar o Cristianismo de uma simples seita judaica para uma nova religião.
Saiba mais sobre os santos católicos nos links recomendados no final dessa página.

(texto adaptado da Catolicanet e BBC)

(publicado no Jornal Peregrinos edição impressa de janeiro 2008)

sábado, 12 de janeiro de 2008

Festa de Natal e Ano Novo em Tsuchiura (2007/ 2008)


No dia 30 de dezembro de 2007, a comunidade de Tsuchiura comemorou o Natal e o Ano Novo.

Depois da Santa Missa, com a Igreja cheia, onde o Pe Olmes enfatizou a importância da familia para boa formação dos jovens, a comunidade fez uma festa como uma verdadeira grande familia, onde adultos jovens e criancas se reuniram no salão e se divertiram com muita conversa, comida boa e sorteio de brindes. Até o Pe Olmes levou alguns prêmios!


O Papai Noel também deu uma passadinha por lá, distribuindo presentes para as crianças!





Jornal Peregrinos (Japão-Brasil 100 anos)

2008 é o ano do Centenário de Imigração Japonesa ao Brasil. O Jornal Peregrinos gostaria de dedicar um pequeno espaço aos heróis imigrantes das familias de brasileiros da comunidade católica da Região de Kanto. Queremos conhecer um pouco da história dos seus pais, avós, ou bisavós japoneses que um dia foram em busca de uma vida melhor no Brasil.

Mande a sua história para o Peregrinos!



Nossa família peregrina (1)
Meus avós, Shizuka e Yutaka Matsuo



Yutaka e Shizuka Matsuo eram meus avós por parte de mãe. Moravam na Província de Saga, já eram casados e trabalhavam em um “ryokan” (pousada estilo japonês) antes de embarcarem com toda a família da minha avó para o Brasil, nos anos 30. Sempre trabalharam com agricultura e moraram por longos anos no interior de São Paulo, região de Marília, e depois se mudaram para o norte do Paraná, região de Maringá. Minha avó era a filha mais velha e uma mulher de pulso forte e rígida nos costumes japoneses, mas sempre pronta ajudar ao próximo. Junto com meu avô, que era um homem muito justo e respeitado, eles eram referência da comunidade nipônica local como conselheiros e “nakodo” (casamenteiros).
Quando criança, lembro-me de passar as férias de fim de ano no sítio de meus avós. Nessa época, o preparo da ceia de Natal e Ano Novo incluía a confecção de quitutes nipo-brasileiros tais como pamonha, curau, pastel, pernil e frango assado no forno a lenha, “manju”, “norimaki”, “nishime”, entre outros, mas quase tudo feito com vegetais, porco e frango criados ali mesmo. Tudo regado a muita união e animação entre os familiares. Quando conseguíamos comprar peixe fresco e levar, o meu avô era o responsável por limpá-lo e prepará-lo, recordando saudoso as suas funções no “ryokan”. Lembro-me também que havia um quarto escuro onde eram estocados o miso, shoyu, tsukemono, linguiça, salame, queijo, sabão de abacate ou banha de porco, feitos pelos meus avós e tios. No Ano Novo nunca faltava o “mochi-tsuki” animado com todos os parentes. O “mochi” era então, distribuído pela vizinhança.
Já aos 60 anos de idade, meu avô veio a perder a audição após uma cirurgia. Apesar disso, nunca demonstrou revolta, mantendo o típico bom humor. Minha avó, comunicava-se escrevendo com o dedo na palma da mão. Às vezes passavam longas horas conversando assim, outras vezes, quando o assunto não o agradava, ele se recusava a olhar a mão da minha avó. Sempre que os visitávamos, ele aguardava ansioso uma cartinha que eu e minha irmã escrevíamos em japonês contando novidades do nosso dia a dia. Ele guardava as cartinhas no bolso da camisa e as relia várias vezes.
Meus avós foram um exemplo de vida em comunidade, e também de postura sempre realista e positiva diante dos problemas que enfrentaram na vida. O seu estilo de vida ensinou-nos os valores da cultura e tradição japonesa sem se fechar à cultura brasileira.
Cintia Niva
Comunidade de Tsuchiura
(artigo retirado do Jornal Peregrinos da edição de janeiro de 2008)

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura