quinta-feira, 12 de junho de 2008

SANTO DO MES DE JUNHO - São Pedro e São Paulo

São Pedro e São Paulo - 29 de Junho

A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero. São Pedro e são Paulo são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre. São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade. São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios". São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.


(Texto extraído e adaptado do Portal Catolicanet, Santo do dia, por Valeria C. K. Cardozo- Comunidade de Tsuchiura)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A grande família migrante é a grande família de Deus

Diferentemente da maioria dos brasileiros, vim para esse país longínquo em busca de conhecimento e experiência profissional. Fiz o curso superior e mestrado no Brasil, prestei uma prova e fui selecionada para estudar em uma universidade japonesa como bolsista do governo japonês. Morei em Kobe por quatro anos e meio, concluí o doutorado e transferi-me para Tsukuba, Província de Ibaraki, para trabalhar como bióloga em uma instituição de pesquisa. Foi quando comecei a participar da Comunidade Católica de Tsuchiura. Até então, nunca havia tido a oportunidade de interagir com a comunidade brasileira no Japão.

Em todos esses anos de Japão, conhecendo estudantes estrangeiros e “dekasseguis”, percebi que a grande fonte de força e conforto de nós, migrantes, é a nossa família. Não me refiro à família no sentido de filiação apenas, mas a grande família de Deus, que nos faz a todos, irmãos dentro de Seu amor, independente de nossa nacionalidade, religião ou nível educacional. Em Kobe, tive a graça de ter uma família internacional, com irmãos judeus, muçulmanos, budistas, hindus, cristãos ortodoxos, cristãos protestantes, católicos e muitos ateus. Estávamos todos sós e longe de nossas casas e famílias, mas tínhamos uns aos outros para compartilhar as horas boas e ruins e ajudarmo-nos mutuamente. Esse sentimento de amor fraterno nos transformava numa verdadeira família e nos fortalecia em ânimo para seguirmos em frente em busca de nossos sonhos. Hoje, a maioria já voltou para seu país ou província de origem, mas o sentimento de “família” daquela época ainda continua vivo dentro de nós. Sei que esse sentimento fraterno que nos uniu um dia manterá os nossos corações interligados seja onde estivermos.

Nos últimos anos, tive a oportunidade de acompanhar um pequeno grupo de adolescentes brasileiros na Igreja de Tsuchiura. Essa minha vivência com eles e com a comunidade brasileira, mostrou-me um outro significado de “família” na vida do migrante. Quando via os pais chegarem à Igreja com os olhos fundos e fatigados pela longa jornada de trabalho, trazendo seus filhos para a catequese e Santa missa, percebia o quanto essas crianças e jovens eram amados. Muitos desses pais têm que se deslocar de outras cidades, e outros ainda viajam de ônibus para garantir que seus filhos convivam com a comunidade Cristã. Conversando com esses jovens, admirava-me com sua coragem, esforço, esperança, sonhos e amor pela vida e por Deus. Diante da triste realidade de outros jovens migrantes que perdem o rumo na vida e acabam se deixando levar pelo puro consumismo, pelo crime e pelas drogas, entendi que a grande diferença entre esses dois grupos de jovens está no relacionamento familiar e no ambiente em que vivem. A meu ver, as crianças e jovens que se sentem amados e respeitados e que têm espaço para expressar e compartilhar seus pensamentos e sentimentos tornam-se mais fortes, seguros, e também sensíveis e solidários com o seu próximo. Cabe a nós, adultos, garantir-lhes esse ambiente.

Cada encontro com os adolescentes brasileiros na Igreja de Tsuchiura ao longo desses quatro anos foi, para mim, uma alegre reunião com irmãozinhos e irmãzinhas, que mesmo sem saber, aliviaram-me de muitos momentos de solidão e dificuldade, com os seus sorrisos e carinho. A cada encontro, aprendi muito com a sabedoria e fé desses jovens que sempre me surpreendiam com comentários e perguntas de significado profundo e que me faziam repensar em certos valores da vida. Sou fã desses jovens e de seus pais, e também da comunidade católica brasileira de Kanto, cuja fé e amor cristão se revelam cada vez mais intensamente através da solidariedade, partilha e união no dia a dia, em vários eventos e através do Jornal Peregrinos. Como é bom saber que temos uns aos outros e que somos parte da grande família de Deus!

Cintia Niva
Comunidade Católica de Tsuchiura (2003-2008)
(artigo publicado na versão impressa do Jornal Peregrinos edição de junho 2008)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Centenário em Honjo e Isezaki

Comunidades com Brasileiros lembram o Centenário

As Comunidades com brasileiros de Honjo (Saitama) e Isesaki(Gunma), nas missas dos dias 1 e 7 de junho, celebradas pelo padre Olmes, estiveram reunidas para oferecer a Deus como sinal de Louvor e Glória a Deus, o trabalho de seus antepassados e o seu. A oferenda estava assim composta:

a) Jesus Cristo presente na Eucaristia,
A oferenda do Povo que Ele redimiu

b) O trabalho dos antepassados japoneses que migraram ao Brasil.
Na bandeja estava simbolizado pelo café, algodão, produtos da terra

c) Seu próprio trabalho aqui no Japão.
Os símbolos usados foram peças de celulares, de veículos, embalagens de comida

Od) O coração simbilizando o amor do pai e da mãe para com os filhos.
Tudo o que fazemos o fazemos por amor

São os povos fazendo sua história na presença de Deus.

Pe Olmes

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Convite para o Dia dos Pais em Oyama

Convidamos a todos para a missa pelos pais que será celebrada na

Igreja de Oyama, Tochigi


Quando? Dia 14 de junho às 19.30

Onde ? Na Igreja Católica de Oyama

Hongo-Cho 2-2-20

Tel. 0285-22-0336


Venha rezar pelo seu pai, pelo marido e sogro também.

Nós e nossos familiares existimos por causa deles.

No mesmo dia estaremos oferecendo a missa comemorando o centenário da Migração dos Japoneses para o Brasil

Nosso bom Pai-Deus abençoe todos os nossos pais.

Pe. Olmes

terça-feira, 3 de junho de 2008

Missa internacional e Primeira Eucaristia em Tsuchiura


Fernanda, Gabriel, Nayu, Gustavo, Felipe, Leonardo, Ryuta, Sakura e Jun, da Comunidade de Tsuchiura, n
ão poderiam ter sido mais felizes em receber a primeira Eucaristia justamente durante as festividades do Centenário da Imigração Japonesa ao Brasil.

No último dia 25 de maio, as comunidades brasileira, japonesa e filipina se reuniram na Igreja de Tsuchiura para lembrar os primeiros japoneses que atravessaram o oceano em direção ao Brasil há 100 anos atrás e também para celebrar as tantas bençãos decorrentes da imigração.

A missa se iniciou ao soar dos sinos, e os celebrantes Pe Nelson e Pe Michael, acompanhados das 9 crianças, adentraram a igreja através do arco nas cores do Brasil e Japão. O clima multicultural da liturgia, mesclando músicas em japonês, português e inglês uniu o coração de todos. Os japoneses fizeram questão de aprender e ensaiar as canções em portugês e cantaram animados no ritmo brasileiro. A missa atingiu o clímax quando as 2 crianças japonesas e os 7 jovenzinhos brasileiros receberam o Sacramento da Eucaristia reforçando e valorizando ainda mais a alegria de ser cristão.

Um delicioso almoço de confraternização foi preparado pelos japoneses e brasileiros. Todos desfrutaram de uma mesa farta de churrasco, onigiri, saladas, tsukemono, frutas e vários outros pratos. Um bolo enorme, com sabor bem brasileiro, e confeitado com as bandeiras brasileira e japonesa fechou a animada festa que proporcionou o fortalecimento da amizade sem distinção de nacionalidade.

Desde os preparativos, que se seguiram durante meses, até o final do evento, foi possível sentir uma atmosfera de muita comunhão e interesse mútuo entre japoneses e brasileiros. A comunidade católica de Tsuchiura deu um grande passo como verdadeira comunidade cristã que vive unida e sem preconceitos. Como diz aquela canção:

''世界のみんな兄弟さ、話す言葉が違っても 主に向かう心はみんな同じこどもだから
世界のみんな友だちさ 働く場所が違うけれど 主に向かう心で ひとつになって分かつ力
世界のみんな隣人さ 倒れるものは助けながら 主に向かう心の 愛はひとつみんなのもの 

No mundo, somos todos irmãos, não importa se falamos línguas diferentes, pois somos filhos de Deus No mundo, somos todos amigos, não importa onde trabalhamos, pois unimos as forças diante de Deus

Mais fotos:
http://picasaweb.google.com/web.peregrinos/MissaInternacionalTsuchiura29Maio2008





































*A coleta da missa foi doada para contrução da Igreja de Joso (aproximadamente 88 mil ienes).
** As vendas dos tickets de almoço, espetinhos e bebida cobriram o custo do almoço e ainda tivemos cerca de 35 mil ienes de lucro, graças aos donativos de muitas pessoas. Esse dinheiro será dividido entre as comunidades japonesa e brasileira.

Agradecemos a todos que de alguma forma colaboraram para o sucesso do evento!

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura