domingo, 17 de agosto de 2008

Pensamento Jovem



Vamos conhecer os jovens mais de perto e aprender com eles!
Leia sobre a busca de identidade de Nancy na coluna "Pensamento Jovem",
no nosso blog-irmão PEREGLINKER (http://pereglinker.blogspot.com/)

A comunidade de Isesaki, Gunma, vive a liturgia dominical

Para as comunidades com brasileiros, as igrejas além de serem um lugar de oração, são também o espaço sagrado onde a vida de fé é celebrada, indicando que liturgia e vida do povo estão intimamente ligadas.



Cantando a vida de fé







Levando para a Missa símbolos que representam sua história.







Dando testemunho da experiência de fé.









Incentivando os jovens ao compromisso do amor.

SANTO DE AGOSTO


24 de agosto - São Bartolomeu




Conhecido também como Nathanael.Bartolomeu, apóstolo e mártir, foi um dos doze apóstolos mencionados nos "Atos dos Apóstolos". Seu nome significa "filho de Tolomai". Acredita-se que ele seja o Nathanael mencionado no evangelho de João. A martirologia Romana credita a ele vários trabalhos missionários na Índia e na Armênia. Oficiais armênios o condenaram e foi despelado vivo e depois decapitado. Acredita-se ainda que ele pregasse também na Mesopotâmia, Pérsia e Egito. Um pequeno evangelho é também atribuído a ele .Outras lendas e tradições dizem ,que Bartolomeu foi apedrejado e depois crucificado. Curiosidades Parece que São Nathanael seria o único apóstolo canhoto e assim é também o padroeiro dos canhotos. Ele é muito venerado na Igreja grega e russa, e a Catedral de São Bartholomew na antiga Capital da Rússia São Petersburgo (Leningrado) resistiu vários anos ao regime comunista e a cidade voltou, recentemente, a se chamar São Petersburgo.
Oração
Glorioso São Bartolomeu, modelo sublime de virtude
e puro frasco das graças do Senhor!
Proteja este seu servo que humildemente se ajoelha a seus pés
e implora que tenha a bondade de pedir por mim junto ao trono do Senhor.
São Bartolomeu use todos os recursos para me proteger
dos perigos que diariamente me rodeiam!
Lance seu escudo protetor em minha volta e me proteja
do meu egoísmo e de minha indiferença a Deus e ao meu vizinho.
São Bartolomeu , me inspire em imitá-lo em todas as minhas ações.
Derrame em mim suas graças para que eu possa servir
e ver a Cristo nos outros e trabalhar para a Vossa maior gloria.
Graciosamente obtenha de Deus os favores e as graças
que eu muito necessito, nas minha misérias e aflições da vida.
Eu aqui invoco sua poderosa intercessão, confiante na esperança
que ouvirás minhas orações e que obtenha para mim
esta especial graça e favor que eu reclamo de seu poder
e bondade fraternal, e com toda a minha alma
imploro que me conceda a graça ...(mencionar aqui a graça desejada ),
e ainda a graça da salvação de minha alma
e para que eu viva e morra como filho de Deus,
alcançando a doçura do Vosso amor e a eterna felicidade. Amém


(Esta coluna foi preparada por Fabio Y. Tamura e Murilo V. B. Costa, Jovens Peregrinos da Comunidade Católica de Tsuchiura)

domingo, 3 de agosto de 2008

Familia Peregrina 7

Furusato – terra natal


Por volta de 1928, como a grande maioria dos imigrantes, os meus avós vieram de Okyama, Japão, em busca de uma vida melhor. Após alguns anos eles se casaram através de omiai. Criaram seus filhos com muito sacrifício e esforço, vieram as perseguições com a segunda guerra, e com o seu fim, veio o confisco da propriedade de meus bisavôs no Japão por parte do governo japonês, e o sonho do retorno ficou muito mais remoto. Resolveram, então, fazer a vida no Brasil. Trabalhavam na lavoura, mas como as coisas não iam bem, venderam o sitio para comprar uma casa na cidade e tocar a vida.
Nasci já na cidade e morava com meus avós, que tomavam conta de mim e de meus irmãos enquanto meus pais trabalhavam. Lembro que minha avó costurava e fazia zabuton, futon e tapetes para a casa. Eu ainda tenho o futon guardado e quando volto para casa adoro usá-lo. Às vezes, o meu avô fazia chinelo típico japonês que ele improvisava com taboa, gostava de ficar ali olhando ele fazer o chinelo, de ficar sentado em seu colo e jogando conversa fora, mas ele não reclamava e sempre estava sorridente.
Em 1994, tive a oportunidade de vir ao Japão e fazer um estágio numa empresa em Okayama. Conversando com dois senhores da empresa, contei-lhes que tinha vontade de ver onde meus avós nasceram, mas eu só sabia o que constava no koseki (registro). Inesperadamente, eles se propuseram a me ajudar a achar o vilarejo. No dia marcado, partimos bem cedo com destino ao vilarejo, nem dormi de ansiedade. Quando nos aproximamos do local, quase não havia casas, mas plantações e mata. Paramos várias vezes procurando alguém que tivesse informações sobre os meus avós. Um certo senhor chamou a sua mãe, que para nossa surpresa nos disse que era ali mesmo que meu avô morara e que havia sido amiga de infância deles. Fiquei ali parado por alguns instantes sem reação, com um frio na barriga e espinha, uma mistura de alegria e espanto. A senhora nos contou que a casa ficava no mesmo local, mas havia sido reformada, uma das poucas coisas que estava ali desde a época de meu avô, era um pé de caqui que ficava em frente à casa. Infelizmente não era época da fruta, senão poderia ter comido o caqui do mesmo pé que meu avô havia comido. O pequeno cemitério da família, perto da casa, ainda existia, então fomos visitar o túmulo de meus antepassados. Fiquei imaginando os meus avôs caminhando naquela mesma trilha em que eu pisava. Não dá para descrever a emoção e alegria que senti naquele dia. Sou muito grato aos senhores que me levaram lá e também à família que ainda cuida do cemitério para nós.
Chegando ao Brasil mostrei as fotos para minha avó que ficou muito emocionada por rever a terra natal que não via desde a sua adolescência, mesmo que por fotos. Essa alegria, infelizmente, não pude dar ao meu avô que me mostrou-me o aconchego de um colo, me deu o suporte de um ombro amigo e me ensinou que na simplicidade do silêncio existe uma enorme sabedoria.
Aos meus avôs meu muito obrigado pelo amor que nos dedicaram, por lições de vida e por tudo que fizeram por todos nós. Hontoni kokorokara kansha shitemasu.

Sergio Toshioka (Comunidade de Tsuchiura)

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura