quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Mensagem de Natal de Dom Alessandro Ruffinoni para os migrantes do Japão


Caríssimos irmãos e irmãs migrantes.

Em ocasião das festas de Natal e de fim de ano quero, em nome da Igreja do Brasil, desejar a todos vocês um Feliz Natal e um ano novo cheio de paz, saúde e felicidade.
Sou Dom Alessandro Ruffinoni, bispo auxiliar de Porto Alegre, RS. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nomeou-me como bispo referencial da pastoral para os brasileiros no exterior. Estou substituindo a Dom Laurindo Guizzardi que muitos de vocês devem conhecer por sua presença e incentivo durante os 12 anos em que atuou em nome da CNBB.
Sinto-me orgulhoso e honrado por esta nomeação, porque permite-me de estar perto de vocês, tentando de ajudar naquilo que o migrante muitas vezes mais necessita: ser acompanhado na caminhada de sua fé. Este trabalho faz parte do carisma de minha Congregação Scalabriniana, que nasceu mesmo para acompanhar os migrantes que deixam a sua pátria buscando uma vida melhor. Junto comigo trabalha a irmã Maria do Carmo, também Scalabriniana, que me ajuda muito em acompanhar esta realidade em que se encontram tantos nossos migrantes brasileiros.
A Igreja do Brasil, como Mãe, não pode esquecer estes seus filhos e filhas, que, por vontade própria ou obrigados pelas dificuldades da vida, decidiram escolher o caminho da migração.
O nosso compromisso, como responsáveis da pastoral pelos migrantes, é sensibilizar Bispos, Sacerdotes, religiosos/as brasileiros para que dediquem um tempo aos nossos migrantes como missionários e missionárias. A Igreja de onde eles saíram não pode e não deve abandonar estes seus filhos como ovelhas sem pastor. E a Igreja de acolhida deve ser sensível em acolhê-los com amor e dignidade. Porque na Igreja ninguém é estrangeiro. Ela é mãe e como mãe ama a todos sem distinção. O nosso trabalho é também de falar com os Bispos que acolhem vocês para que destinem, onde é possível, um sacerdote do lugar; ou permitam que outros sacerdotes e missionários da mesma língua e do mesmo País dos migrantes venham para ajudar e colaborar.
É a Igreja, pela qual não existem barreiras, raças e nações, mas um único povo de Deus, que se preocupa com os seus filhos e filhas.
A todos vocês que, a partir de hoje, chamamos de irmãos e irmãs queremos desejar um feliz Natal. Espero, um pouco por vez, poder visitá-los e estreitar uma forte amizade. Estamos pensando, para o ano de 2008, enviar nas comunidades a imagem da Virgem Aparecida, começando nas Américas. Este vai ser o sinal de que a Igreja do Brasil está comprometida em acompanhar os migrantes e a dizer-lhes que os ama. Agradeço pela fé e o bem que estão espalhando pelo mundo inteiro.
Um forte abraço a todos e todas com a minha bênção.

Gravataí, Natal 2007

Dom Alessandro Ruffinoni, CS
(foto copiada da página da Prefeitura de Gravatai-RS)

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