domingo, 14 de dezembro de 2008

Santo de Dezembro


3 de Dezembro - São Francisco Xavier
Francisco Xavier nasceu no castelo de sua família em Xavier, Navarro Espanha em 1506. Ele estudou na Universidade de Paris e recebeu seu doutorado em 1528. Ali ele conheceu Santo Inácio de Loyola que o convenceu a fundarem a Companhia de Jesus, os Jesuítas. Assim Xavier, Loyola e 6 outros tomaram seus votos em Montamant e três anos mais tarde Xavier foi ordenado em Veneza e foi com Inácio para Roma onde o Papa aprovou a Ordem em 1540.
No mesmo ano, Francisco e o Padre Simão Rodrigues foram para Lisboa onde o Rei João III os recebeu como hóspedes. Em abril de 1541 foi indicado como Núncio Apostólico nas Índias. Ele chegou em Goa, Índia em 1542 e depois foi para Malaca, Malásia, e Morotai na Indonésia. De 1549 a 1551 ele evangelizou parte do Japão.
Em Goa, enquanto aguardava o navio para a Índia, ele pregava nas ruas, ensinava as crianças o catecismo e curava os doentes. Ele teria convertido toda a cidade.
Foi um missionário com um tremendo sucesso em 10 anos da Índia e mais tarde no Japão, batizando mais de 40.000 convertidos. Dizem que ele almoçava com caçadores de cabeça, lavava os leprosos e chegou a batizar 10.000 em um só mês. Ele resistia às piores condições, chegando a sofrer extremos de frio e de calor em suas viagens. Ele sempre procurava os pobres e os abandonados. Viajava às vezes centenas de quilômetros a pé e com isso conheceu grande parte do povo do Extremo Oriente. Tinha o dom de aprender rapidamente as línguas e os dialetos e fazia milagres sempre que era necessário convencer os descrentes. Certa vez acalmou uma tempestade apenas com sua benção e de outra curou uma menina cega. Curou vários leprosos apenas com sua benção e oração.No ano que foi eleito Provincial da Índia e do Leste, ele planejava ir para a China.
Ele é também chamado de o "Apóstolo da Índia”.
Ele veio a falecer na Ilha de Shabgchwan, na costa da China em 2 de dezembro de 1552.
Foi canonizado em 1622 pelo Papa Gregório XV e declarado patrono de todas as missões estrangeiras pelo Papa Pio X.


Oração a São Francisco Xavier
Amabilíssimo e amantíssimo Santo, em união convosco adoro reverentemente a Divina Majestade e pelo muito que me regozijo dos especialíssimos dons da graça com que vos favoreceu durante a vossa vida mortal e pela gloria que gozais agora, eu rendo-lhe afetuosíssimas graças e peco-lhe do fundo de minha alma e por vossa poderosa intercessão me conceda a graça importantíssima de viver e morrer santamente. E vos suplico também... (aqui o pedido especial) e se o que peco não convier a gloria de Deus e ao proveito de minha alma, quero alcançar aquilo que a uma e outra seja mais conforme.Amém!


Texto extraído do sitio eletrônico Cadê meu santo (www.cademeusanto.com.br)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Santo do mês de setembro - São Cosme e Damião


26 de Setembro - São Cosme e Damião

Cosme e Damião foram dois irmãos e médicos, martirizados,eram chamados de Anaryroi ou seja "os sem dinheiro" por causa dos seus serviços de caridade. Ele estudaram medicina na Síria e ficaram famosos pelas sua habilidades, as quais eles usavam para curar pessoas sem cobrar nenhuma taxa ou consulta. Algumas das suas curas são tidas como milagrosas. Durante a perseguição aos cristão, os irmãos foram presos e levados a frente de Lysias, governador de Cilicia em Cyrrhus( atual Turquia). Eles foram torturados e por fim decapitados.
Diz a tradição que eles, milagrosamente não sentiam as torturas com fogo, água, óleo fervendo, ou a roda por isso foram finalmente decapitados.

As relíquias de Cosme e Damião, mais tarde foram levadas para Roma. Na Idade Média muitas lendas as mais lindas, sempre os envolveram. Na arte litúrgica da igreja eles são mostrados como médicos, segurando instrumentos cirúrgicos. Eles são os patronos dos médicos, junto com São Lucas, e padroeiros de Florença, dos químicos e farmacêuticos. Alguns escolares afirmam eles eram gêmeos e com isso eles são considerados tambem padroeiros dos gemeos.
São muito venerados na Grécia, Rússia e na Igreja Ortodoxa.

Atenção

Na época da escravatura os escravos africanos criaram uma maneira engenhosa de enganar o Senhor do Engenho. Invocavam os seus deuses Orixá, Oxalá, Ogum como Sebastião, Jorge e Jesus, e ainda outros como Crispim, etc. Isto é chamado de sincretismo.

Erê e Curumim eram invocados como Cosme e Damião e sua festa é celebrada por eles no dia 27 de setembro, dia de São Vicente de Paulo.
Parece que o costume de distribuir doces as crianças, no dia 27, também foi um costume introduzido pelo Candomblé.

Oração

São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou. repouse também em meu coração. Que a vossa proteção, Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: "Deixa vir a mim os pequeninos, pois deles é o Reino do Céu.

São Cosme e Damião, rogai por nós.

(texto compilado encontrado em vários sites; fonte original incerta)

sábado, 27 de setembro de 2008

O MÊS DE SETEMBRO É CONSIDERADO O MÊS DA BÍBLIA



O mês da Bíblia surge devido principalmente à comemoração do dia de São Jerônimo, celebrado no dia 30. É por isso que o quarto domingo deste mês é o domingo da Bíblia. Normalmente seria o domingo mais próximo da festa de São Jerônimo.

São Jerônimo nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC, foi encarregado pelo Papa Damaso de traduzir a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada e usada na liturgia da Igreja. Foi um trabalho dinâmico que exigiu dele uma série de viagens ao Oriente, passando grande parte do tempo em Belém, totalmente entregue à tradução e comentário da Sagrada Escritura.

A Bíblia é um livro inspirado por Deus. Foi escrita por pessoas que olhavam os fatos da realidade à luz da sua fé, nos sonhos de Deus que age na história. Ela, não é um romance, um livro de reportagens, nem de documentários e muito menos científico, ela é um olhar da fé sobre os fatos ocorridos na História da Salvação.

A Bíblia é hoje um dos poucos livros que está traduzido em todas as línguas e está presente em quase todos os lares. Serve de alimento espiritual para a Igreja e para as pessoas e ajuda o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor.

Convido a todos para que, durante esse mês de setembro, coloque uma Bíblia num lugar de destaque em sua casa para que esteja no centro de seu lar e ser especialmente conhecida por todos. Além disso, procure dedicar-se mais a Boa Nova da Salvação, que é a Sagrada Escritura. Apesar da vida corrida que vivemos nessas terras orientais sempre precisamos encontrar tempo para ouvir a Palavra de Deus.

Afinal de contas, a Bíblia é a Carta de Deus para seus filhos,que somos nós!

Se estivermos tristes e saudosos: Ela é fonte de vida, alimento que preenche o nosso vazio, fonte de paz e de tranqüilidade, de bênçãos divinas, alimento para nossa vida espiritual que fortalece o espírito no seguimento de Jesus.

Se estivermos desorientados: Ela nos mostra o Caminho, a Verdade e a Vida.

Enfim, nela encontramos o verdadeiro motivo das nossas lutas e da nossa existência. Por isso é preciso ler e meditar com o coração os livros sagrados e entregar-se à vontade de Deus, que age na história, transformando-a.

Que nossas atitudes pessoais e comunitárias sejam orientadas pela Palavra de Deus, hoje e sempre.

Pe. Nelson S. de Souza - SSCC

(texto retirado do Jornal Peregrinos edição impressa de setembro)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bispo do Brasil visita o Japão


D. Alessandro Ruffinoni, bispo auxiliar de Porto Alegre e encarregado das pastoral para os brasileiros no exterior, estará fazendo uma breve visita ao Japão. Aqui participará da Assembleia Anual dos Agentes de pastoral com migrantes brasileiros que se realizará em Osaka de 16 a 18 de setembro, além de visitar diversas comunidades.

Convite

Participe das missas que serão celebradas por D. Alexandre:


Sábado, dia 13 de setembro às 19h30
Igreja Católica de Oyama, Tochigi
Hongo-Chuo 2-2-20
Tel. 0285-22-0336


Domingo, dia 14 de setembro, às 12h30
Yotsuya, Tokyo
Kojimachi
6-5-1, Chioda-ku
Tel. 03-32634584

Mais informações Padre Olmes: 080-3201.6453.

domingo, 17 de agosto de 2008

Pensamento Jovem



Vamos conhecer os jovens mais de perto e aprender com eles!
Leia sobre a busca de identidade de Nancy na coluna "Pensamento Jovem",
no nosso blog-irmão PEREGLINKER (http://pereglinker.blogspot.com/)

A comunidade de Isesaki, Gunma, vive a liturgia dominical

Para as comunidades com brasileiros, as igrejas além de serem um lugar de oração, são também o espaço sagrado onde a vida de fé é celebrada, indicando que liturgia e vida do povo estão intimamente ligadas.



Cantando a vida de fé







Levando para a Missa símbolos que representam sua história.







Dando testemunho da experiência de fé.









Incentivando os jovens ao compromisso do amor.

SANTO DE AGOSTO


24 de agosto - São Bartolomeu




Conhecido também como Nathanael.Bartolomeu, apóstolo e mártir, foi um dos doze apóstolos mencionados nos "Atos dos Apóstolos". Seu nome significa "filho de Tolomai". Acredita-se que ele seja o Nathanael mencionado no evangelho de João. A martirologia Romana credita a ele vários trabalhos missionários na Índia e na Armênia. Oficiais armênios o condenaram e foi despelado vivo e depois decapitado. Acredita-se ainda que ele pregasse também na Mesopotâmia, Pérsia e Egito. Um pequeno evangelho é também atribuído a ele .Outras lendas e tradições dizem ,que Bartolomeu foi apedrejado e depois crucificado. Curiosidades Parece que São Nathanael seria o único apóstolo canhoto e assim é também o padroeiro dos canhotos. Ele é muito venerado na Igreja grega e russa, e a Catedral de São Bartholomew na antiga Capital da Rússia São Petersburgo (Leningrado) resistiu vários anos ao regime comunista e a cidade voltou, recentemente, a se chamar São Petersburgo.
Oração
Glorioso São Bartolomeu, modelo sublime de virtude
e puro frasco das graças do Senhor!
Proteja este seu servo que humildemente se ajoelha a seus pés
e implora que tenha a bondade de pedir por mim junto ao trono do Senhor.
São Bartolomeu use todos os recursos para me proteger
dos perigos que diariamente me rodeiam!
Lance seu escudo protetor em minha volta e me proteja
do meu egoísmo e de minha indiferença a Deus e ao meu vizinho.
São Bartolomeu , me inspire em imitá-lo em todas as minhas ações.
Derrame em mim suas graças para que eu possa servir
e ver a Cristo nos outros e trabalhar para a Vossa maior gloria.
Graciosamente obtenha de Deus os favores e as graças
que eu muito necessito, nas minha misérias e aflições da vida.
Eu aqui invoco sua poderosa intercessão, confiante na esperança
que ouvirás minhas orações e que obtenha para mim
esta especial graça e favor que eu reclamo de seu poder
e bondade fraternal, e com toda a minha alma
imploro que me conceda a graça ...(mencionar aqui a graça desejada ),
e ainda a graça da salvação de minha alma
e para que eu viva e morra como filho de Deus,
alcançando a doçura do Vosso amor e a eterna felicidade. Amém


(Esta coluna foi preparada por Fabio Y. Tamura e Murilo V. B. Costa, Jovens Peregrinos da Comunidade Católica de Tsuchiura)

domingo, 3 de agosto de 2008

Familia Peregrina 7

Furusato – terra natal


Por volta de 1928, como a grande maioria dos imigrantes, os meus avós vieram de Okyama, Japão, em busca de uma vida melhor. Após alguns anos eles se casaram através de omiai. Criaram seus filhos com muito sacrifício e esforço, vieram as perseguições com a segunda guerra, e com o seu fim, veio o confisco da propriedade de meus bisavôs no Japão por parte do governo japonês, e o sonho do retorno ficou muito mais remoto. Resolveram, então, fazer a vida no Brasil. Trabalhavam na lavoura, mas como as coisas não iam bem, venderam o sitio para comprar uma casa na cidade e tocar a vida.
Nasci já na cidade e morava com meus avós, que tomavam conta de mim e de meus irmãos enquanto meus pais trabalhavam. Lembro que minha avó costurava e fazia zabuton, futon e tapetes para a casa. Eu ainda tenho o futon guardado e quando volto para casa adoro usá-lo. Às vezes, o meu avô fazia chinelo típico japonês que ele improvisava com taboa, gostava de ficar ali olhando ele fazer o chinelo, de ficar sentado em seu colo e jogando conversa fora, mas ele não reclamava e sempre estava sorridente.
Em 1994, tive a oportunidade de vir ao Japão e fazer um estágio numa empresa em Okayama. Conversando com dois senhores da empresa, contei-lhes que tinha vontade de ver onde meus avós nasceram, mas eu só sabia o que constava no koseki (registro). Inesperadamente, eles se propuseram a me ajudar a achar o vilarejo. No dia marcado, partimos bem cedo com destino ao vilarejo, nem dormi de ansiedade. Quando nos aproximamos do local, quase não havia casas, mas plantações e mata. Paramos várias vezes procurando alguém que tivesse informações sobre os meus avós. Um certo senhor chamou a sua mãe, que para nossa surpresa nos disse que era ali mesmo que meu avô morara e que havia sido amiga de infância deles. Fiquei ali parado por alguns instantes sem reação, com um frio na barriga e espinha, uma mistura de alegria e espanto. A senhora nos contou que a casa ficava no mesmo local, mas havia sido reformada, uma das poucas coisas que estava ali desde a época de meu avô, era um pé de caqui que ficava em frente à casa. Infelizmente não era época da fruta, senão poderia ter comido o caqui do mesmo pé que meu avô havia comido. O pequeno cemitério da família, perto da casa, ainda existia, então fomos visitar o túmulo de meus antepassados. Fiquei imaginando os meus avôs caminhando naquela mesma trilha em que eu pisava. Não dá para descrever a emoção e alegria que senti naquele dia. Sou muito grato aos senhores que me levaram lá e também à família que ainda cuida do cemitério para nós.
Chegando ao Brasil mostrei as fotos para minha avó que ficou muito emocionada por rever a terra natal que não via desde a sua adolescência, mesmo que por fotos. Essa alegria, infelizmente, não pude dar ao meu avô que me mostrou-me o aconchego de um colo, me deu o suporte de um ombro amigo e me ensinou que na simplicidade do silêncio existe uma enorme sabedoria.
Aos meus avôs meu muito obrigado pelo amor que nos dedicaram, por lições de vida e por tudo que fizeram por todos nós. Hontoni kokorokara kansha shitemasu.

Sergio Toshioka (Comunidade de Tsuchiura)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Familia Peregrina-6

Familia Kakimori
Sou yonsei (bisneta de japoneses), portanto não tive contato com meus bisavôs que migraram do Japão. Minha mãe contava histórias que seus avós haviam lhe contado quando era criança
A família Kakimori de meus bisavôs era da cidade de Nagasaki, lugar onde caiu a bomba atômica, eles contam que não sobrou muita coisa depois da bomba. Muitos familiares morreram com a bomba ou com suas mazelas: fome, doenças... Diante de tantas dificuldades a família que sobreviveu decidiu se separar e buscar um futuro melhor. Escolheram então os mais fortes e sadios, em condições de suportar a longa viagem, e juntando o pouco que lhes tinha sobrado embarcaram para o Brasil para trabalhar e juntar dinheiro para manter a família que ficou no Japão. A viagem foi um desafio e a saudade da terra natal bem difícil de suportar.
Chegando a Santos ao passar pela triagem na Imigração tiveram de adotar nomes brasileiros. Após isso foram trabalhar nas lavouras de café em uma colônia de japoneses ao norte do Paraná, nas proximidades de Apucarana, o nome da colônia ainda é Esperança. Algum tempo depois foram para o oeste do Paraná, onde compraram terras e cultivaram café. Durante muitos anos eles mandaram dinheiro para a família que havia ficado no Japão. Meus bisavôs falavam com muitas saudades do Japão, mas sabiam que devido a idade avançada não poderiam retornar, entretanto guardavam em seu coração a esperança de ver seus descendentes retornarem a sua terra natal.
Meu avô João ao contrário de seus outros irmãos nasceu no Brasil. Lá cresceu e conheceu minha avó Gertrudes através de omiai. Minha avó também é descendente de japoneses. Sua mãe era japonesa e migrou para o Brasil com a família. Ela se casou a revelia da família com um italiano que fugira da guerra na Itália e se refugiado no Brasil, dessa união nasceu minha avó.
Meus avós tiveram seis filhos, dois homens e quatro mulheres, minha mãe é a mais velha. Ela conta que quando criança morava com seus avó s paternos enquanto estes ainda eram vivos, e não falava português por isso sofreu muito quando teve de entrar na escola. Quando tinha 10 anos meus avós se separaram, minha mãe diz que foi melhor assim, pois as brigas eram muitas e meu avô havia se tornado alcoólatra, e a vida em família estava difícil.
Após a separação meu avô veio ao Japão trabalhar ,onde acabou sendo atropelado e sofrendo um derrame cerebral.Ele sobreviveu, mas ainda ficou com as seqüelas do acidente e já não podia viver sozinho, pois necessitava de cuidados.Retornou ao Brasil onde um de seus filhos o assistiu até sua morte.
Meus pais se conheceram em um encontro de jovens da Igreja e começaram a namorar, e acabaram se casando. Minha mãe não podia ter filhos e fez tratamento por longos 4 anos, mas nada resolvia. Um dia por uma bênção de Deus, em um encontro de casais eles conheceram meus padrinhos que lhes falaram sobre o perdão e por um milagre aqui estou eu,hoje com 24 anos, e depois de mim vieram meu irmão Edmilson e minha irmã Carolina .
Diante de dificuldades financeiras meus pais decidiram vir ao Japão, enquanto isso eu e meus irmãos ficamos com nossos avós paternos. Após dois anos meus pais nos trouxeram ao Japão, e aqui estamos já faz 10 anos, revivendo a saga de nossos antepassados.No começo foi difícil, mas hoje já nos acostumamos e não pensamos mais em ir embora, já adotamos o Japão como nossa pátria também, onde quer que estejamos seja no Brasil ou aqui nos sentimos em casa.

Valeria C. K.Cardozo - Comunidade de Tsuchiura

domingo, 13 de julho de 2008

Santo de Julho


16 de Julho-Nossa Senhora do Carmo


A historia de Nossa Senhora do Carmo está ligada a um grupo de monges que foram expulsos do monte Carmelo pelos sarracenos e que peregrinaram até encontrar um local para fundar um mosteiro. As gerações dos monges se sucederam através dos tempos. No século XIII, entretanto, os muçulmanos invadiram a Terra Santa e os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a Europa. Nessa época, tinham como superior geral São Simão Stock o qual, enquanto rezava pedindo a Nossa Senhora que protegesse a Ordem dos Carmelitas dos perseguidores, recebeu das mãos de Nossa Senhora do Carmo o escapulário:“ Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo” . Em 1950, o papa Pio XII convidou os fiéis a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário, que está ao alcance de todos”.
Oração
Ó Deus, Pai de Bondade, por intercessão de Nossa Senhora do Carmo, protegei-me de todos os perigos e dai-me a graça de ter uma boa morte. Protegei minha família e fazei crescer em meu coração o amor a Vós e à Virgem do Carmo.Amém. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Texto retirado do site http://www.religiaocatolica.com.br/



(Esta coluna foi preparada por Erica S. Tamura, Roxane M. Tikazawa, Monique V .B. Costa Jovens Peregrinas da Comunidade de Tsuchiura)

Missa em Kashima

No dia 22 de junho,às 12:00, a comunidade de Kashima teve sua primeira missa celebrada em português pelo Pe. Nelson. Apesar do tempo chuvoso compareceram umas trinta pessoas. Desde o inicio o pároco, padre John Yamada, tem dado apoio, o que vem sendo correspondido pela comunidade japonesa local. Para chegar a Igreja o Hotel Aton´s Wedding é a melhor referência.
As missa em português serão aos 4º.domingos as 12:00hrs
Paróquia 26 Mártires do Japão
〒314 - 0144
Ibaraki-ken Kashima-gun
Kamisu machi Onohara1 - 7 - 3
Telefone: 029-992-1511(japonês)
Pe. Nelson 090-3245-3420

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Minha Familia Peregrina 5






SONHOS, LEMBRANÇAS E LUTAS



Não sei como, mas o fato é que chegou às minhas mãos, uma cópia do passaporte dos meus pais. Passaporte familiar, onde está a foto da família: papai, mamãe e minha irmã, com 2 anos e 5 meses. Diz que é tradução e está em francês. Vejo que a família embarcou em Kobe – Japão, no dia 24 de Junho de 1928 e desembarcaram em Santos-SP. Brasil, em 16 de agosto do mesmo ano.Viagem sofrida, pelo que ouvi dizer. Minha mãe sofreu de enjôo toda a viagem. Quanto a mim, por haver nascido 14 anos após a chegada, e sendo a última entre 5 irmãos, acredito que perdi muitas das histórias e experiências vividas por eles, não só da viagem, mas dos primeiros anos em terras brasileiras. Os quatro que nasceram no Brasil, nasceram no Estado de São Paulo, na região de Bauru, onde havia chegado, antes de papai, o único tio que conheci. Para meu pai, esse seu irmão foi a referência e apoio, durante muitos anos. Papai trabalhou vários anos em terras arrendadas, plantando algodão. Luta dura travada por causa do escasso conhecimento do idioma, a insegurança no relacionamento agrícola, entre as leis do contrato, do preço do algodão, etc. Com as mudanças contínuas, os filhos não podiam freqüentar uma escola de um modo sistemático. As primeiras lembranças que tenho é de pai, mãe e filhos, ao redor do fogão a lenha, treinando a escrita em português. A primeira propriedade adquirida foi um imóvel urbano em Bauru. Isso após 20 anos de luta. Entretanto começava a onda migratória para o Norte do Paraná, quase a Terra da Promessa, onde manava “leite e café”! Também a minha família entrou nessa. E... Que decepção! O lote de 25 alqueires adquirido com tanto suor e fadiga, era um lote fantasma! Vendido para duas pessoas e claro está que quem perdeu foi o “Japonês” que não sabia a língua e não entendia de leis.Seguiram outros 6 anos de duro trabalho, desta vez, formando café nas terras de um fazendeiro Inglês. Papai faleceu com 78 anos, dos quais 48 de Brasil, conhecido e chamado de “Papai” por muitos do lugar. Mamãe sobreviveu ao pai 8 anos. Também foi a mãe de muitos, pois se referiam a ela de “Mamãe”, desde o padeiro até o médico. A Terra que adotaram como sendo sua nova Pátria, onde tanto sofreram e lutaram, também lhes deu muita amizade e carinho, afinal, a maior riqueza que eles ajuntaram no Brasil.

“Não ajuntem riquezas aqui na terra...
Onde os ladrões assaltam e roubam.
Ajuntem riquezas no céu,
onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam”
Mt.6,19-20.

Ir. Cazuko Horie, ccv

quinta-feira, 12 de junho de 2008

SANTO DO MES DE JUNHO - São Pedro e São Paulo

São Pedro e São Paulo - 29 de Junho

A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero. São Pedro e são Paulo são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre. São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade. São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios". São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.


(Texto extraído e adaptado do Portal Catolicanet, Santo do dia, por Valeria C. K. Cardozo- Comunidade de Tsuchiura)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A grande família migrante é a grande família de Deus

Diferentemente da maioria dos brasileiros, vim para esse país longínquo em busca de conhecimento e experiência profissional. Fiz o curso superior e mestrado no Brasil, prestei uma prova e fui selecionada para estudar em uma universidade japonesa como bolsista do governo japonês. Morei em Kobe por quatro anos e meio, concluí o doutorado e transferi-me para Tsukuba, Província de Ibaraki, para trabalhar como bióloga em uma instituição de pesquisa. Foi quando comecei a participar da Comunidade Católica de Tsuchiura. Até então, nunca havia tido a oportunidade de interagir com a comunidade brasileira no Japão.

Em todos esses anos de Japão, conhecendo estudantes estrangeiros e “dekasseguis”, percebi que a grande fonte de força e conforto de nós, migrantes, é a nossa família. Não me refiro à família no sentido de filiação apenas, mas a grande família de Deus, que nos faz a todos, irmãos dentro de Seu amor, independente de nossa nacionalidade, religião ou nível educacional. Em Kobe, tive a graça de ter uma família internacional, com irmãos judeus, muçulmanos, budistas, hindus, cristãos ortodoxos, cristãos protestantes, católicos e muitos ateus. Estávamos todos sós e longe de nossas casas e famílias, mas tínhamos uns aos outros para compartilhar as horas boas e ruins e ajudarmo-nos mutuamente. Esse sentimento de amor fraterno nos transformava numa verdadeira família e nos fortalecia em ânimo para seguirmos em frente em busca de nossos sonhos. Hoje, a maioria já voltou para seu país ou província de origem, mas o sentimento de “família” daquela época ainda continua vivo dentro de nós. Sei que esse sentimento fraterno que nos uniu um dia manterá os nossos corações interligados seja onde estivermos.

Nos últimos anos, tive a oportunidade de acompanhar um pequeno grupo de adolescentes brasileiros na Igreja de Tsuchiura. Essa minha vivência com eles e com a comunidade brasileira, mostrou-me um outro significado de “família” na vida do migrante. Quando via os pais chegarem à Igreja com os olhos fundos e fatigados pela longa jornada de trabalho, trazendo seus filhos para a catequese e Santa missa, percebia o quanto essas crianças e jovens eram amados. Muitos desses pais têm que se deslocar de outras cidades, e outros ainda viajam de ônibus para garantir que seus filhos convivam com a comunidade Cristã. Conversando com esses jovens, admirava-me com sua coragem, esforço, esperança, sonhos e amor pela vida e por Deus. Diante da triste realidade de outros jovens migrantes que perdem o rumo na vida e acabam se deixando levar pelo puro consumismo, pelo crime e pelas drogas, entendi que a grande diferença entre esses dois grupos de jovens está no relacionamento familiar e no ambiente em que vivem. A meu ver, as crianças e jovens que se sentem amados e respeitados e que têm espaço para expressar e compartilhar seus pensamentos e sentimentos tornam-se mais fortes, seguros, e também sensíveis e solidários com o seu próximo. Cabe a nós, adultos, garantir-lhes esse ambiente.

Cada encontro com os adolescentes brasileiros na Igreja de Tsuchiura ao longo desses quatro anos foi, para mim, uma alegre reunião com irmãozinhos e irmãzinhas, que mesmo sem saber, aliviaram-me de muitos momentos de solidão e dificuldade, com os seus sorrisos e carinho. A cada encontro, aprendi muito com a sabedoria e fé desses jovens que sempre me surpreendiam com comentários e perguntas de significado profundo e que me faziam repensar em certos valores da vida. Sou fã desses jovens e de seus pais, e também da comunidade católica brasileira de Kanto, cuja fé e amor cristão se revelam cada vez mais intensamente através da solidariedade, partilha e união no dia a dia, em vários eventos e através do Jornal Peregrinos. Como é bom saber que temos uns aos outros e que somos parte da grande família de Deus!

Cintia Niva
Comunidade Católica de Tsuchiura (2003-2008)
(artigo publicado na versão impressa do Jornal Peregrinos edição de junho 2008)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Centenário em Honjo e Isezaki

Comunidades com Brasileiros lembram o Centenário

As Comunidades com brasileiros de Honjo (Saitama) e Isesaki(Gunma), nas missas dos dias 1 e 7 de junho, celebradas pelo padre Olmes, estiveram reunidas para oferecer a Deus como sinal de Louvor e Glória a Deus, o trabalho de seus antepassados e o seu. A oferenda estava assim composta:

a) Jesus Cristo presente na Eucaristia,
A oferenda do Povo que Ele redimiu

b) O trabalho dos antepassados japoneses que migraram ao Brasil.
Na bandeja estava simbolizado pelo café, algodão, produtos da terra

c) Seu próprio trabalho aqui no Japão.
Os símbolos usados foram peças de celulares, de veículos, embalagens de comida

Od) O coração simbilizando o amor do pai e da mãe para com os filhos.
Tudo o que fazemos o fazemos por amor

São os povos fazendo sua história na presença de Deus.

Pe Olmes

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Convite para o Dia dos Pais em Oyama

Convidamos a todos para a missa pelos pais que será celebrada na

Igreja de Oyama, Tochigi


Quando? Dia 14 de junho às 19.30

Onde ? Na Igreja Católica de Oyama

Hongo-Cho 2-2-20

Tel. 0285-22-0336


Venha rezar pelo seu pai, pelo marido e sogro também.

Nós e nossos familiares existimos por causa deles.

No mesmo dia estaremos oferecendo a missa comemorando o centenário da Migração dos Japoneses para o Brasil

Nosso bom Pai-Deus abençoe todos os nossos pais.

Pe. Olmes

terça-feira, 3 de junho de 2008

Missa internacional e Primeira Eucaristia em Tsuchiura


Fernanda, Gabriel, Nayu, Gustavo, Felipe, Leonardo, Ryuta, Sakura e Jun, da Comunidade de Tsuchiura, n
ão poderiam ter sido mais felizes em receber a primeira Eucaristia justamente durante as festividades do Centenário da Imigração Japonesa ao Brasil.

No último dia 25 de maio, as comunidades brasileira, japonesa e filipina se reuniram na Igreja de Tsuchiura para lembrar os primeiros japoneses que atravessaram o oceano em direção ao Brasil há 100 anos atrás e também para celebrar as tantas bençãos decorrentes da imigração.

A missa se iniciou ao soar dos sinos, e os celebrantes Pe Nelson e Pe Michael, acompanhados das 9 crianças, adentraram a igreja através do arco nas cores do Brasil e Japão. O clima multicultural da liturgia, mesclando músicas em japonês, português e inglês uniu o coração de todos. Os japoneses fizeram questão de aprender e ensaiar as canções em portugês e cantaram animados no ritmo brasileiro. A missa atingiu o clímax quando as 2 crianças japonesas e os 7 jovenzinhos brasileiros receberam o Sacramento da Eucaristia reforçando e valorizando ainda mais a alegria de ser cristão.

Um delicioso almoço de confraternização foi preparado pelos japoneses e brasileiros. Todos desfrutaram de uma mesa farta de churrasco, onigiri, saladas, tsukemono, frutas e vários outros pratos. Um bolo enorme, com sabor bem brasileiro, e confeitado com as bandeiras brasileira e japonesa fechou a animada festa que proporcionou o fortalecimento da amizade sem distinção de nacionalidade.

Desde os preparativos, que se seguiram durante meses, até o final do evento, foi possível sentir uma atmosfera de muita comunhão e interesse mútuo entre japoneses e brasileiros. A comunidade católica de Tsuchiura deu um grande passo como verdadeira comunidade cristã que vive unida e sem preconceitos. Como diz aquela canção:

''世界のみんな兄弟さ、話す言葉が違っても 主に向かう心はみんな同じこどもだから
世界のみんな友だちさ 働く場所が違うけれど 主に向かう心で ひとつになって分かつ力
世界のみんな隣人さ 倒れるものは助けながら 主に向かう心の 愛はひとつみんなのもの 

No mundo, somos todos irmãos, não importa se falamos línguas diferentes, pois somos filhos de Deus No mundo, somos todos amigos, não importa onde trabalhamos, pois unimos as forças diante de Deus

Mais fotos:
http://picasaweb.google.com/web.peregrinos/MissaInternacionalTsuchiura29Maio2008





































*A coleta da missa foi doada para contrução da Igreja de Joso (aproximadamente 88 mil ienes).
** As vendas dos tickets de almoço, espetinhos e bebida cobriram o custo do almoço e ainda tivemos cerca de 35 mil ienes de lucro, graças aos donativos de muitas pessoas. Esse dinheiro será dividido entre as comunidades japonesa e brasileira.

Agradecemos a todos que de alguma forma colaboraram para o sucesso do evento!

domingo, 18 de maio de 2008

Retiro em Tomobe

No dia 3 de maio, na Igreja de Tomobe, a Comunidade de Tsuchiura realizou um retiro especial para as crianças e adolescentes que estão se preparando para Primeira Eucaristia e Crisma. Foi um dia agradável em família, onde juntos aprenderam um pouco mais sobre a alegria da fé cristã e os sacramentos. O almoço delicioso, preparado pels mães, proporcionou um momento de muita descontração entre os partipantes. O Irmão Francisco, da Igreja de Tomobe, animou ainda mais o intervalo de almoço com um show de mágica.

Agradecemos ao Pe Nelson, a Irmã Teresa e à catequista Valéria, e também aos pais, pela organização e realização desse retiro.






domingo, 11 de maio de 2008

Reflexão e oração


Maio, um mês com a mãe Maria
(preparado por Pe Olmes Milani)
Como fazer: ponha sobre uma mesinha, uma estampa ou estátua de Maria, a foto de uma mãe de sua família e uma flor. Reúna a família e amigos. Dê-lhes as boas vindas. Quando estiver tudo pronto, inicie lendo esta história:
O senhor Cláudio, era um homem simples, trabalhador, e alegre, casado com sua esposa Mariza, uma mulher amorosa e dedicada. Tinham dois filhos e, não viam a hora que nascesse o terceiro, pois Mariza estava grávida. O Dia chegou. Mariza foi internada na maternidade. onde daria à luz. Durante a trabalho de parto, devido a complicações sérias, Mariza teve que ser operada às pressas. Infelizmente, ela faleceu. A criança, porém, nasceu viva e sadia. O nome escolhido foi Leila Maria.
Com a ajuda de amigos e familiares, o Sr. Cláudio, lutava muito para educar e criar seus três filhos. Por isso era muito admirado por todos e Leila Maria virou o “xodó” de todos. Leila Maria crescia bem e bonita, embora nunca tivesse visto o rosto da mãe e nem tivesse recebido dela o primeiro colo e seus beijos.
Num domingo, tive a oportunidade de visitar o Sr. Cláudio. Era o dia da primeira comunhão de Leila Maria. Enquanto sua madrinha de batismo e outras amigas finalizam o almoço, o Sr. Cláudio quis que eu conhecesse sua casinha simples, mas acolhedora. Mostrou-me o quarto dos filhos e na porta se deteve e pediu para olhar as estampas e fotos, penduradas na parede, atrás da cabeceira das camas.
-“ O senhor está vendo ali? Juntamente com a estampa de Nossa Senhora Aparecida, pus a foto de minha falecida esposa. Assim meus filhos sabem que eles tem duas mães: Maria, a mãe de Cristo, e Mariza, minha esposa, que os trouxe na barriga. Desta maneira sabem como era sua mãe quando estava viva e a recordarão sempre. Para Leila Maria, aquela fotografia é especial porque ela não teve a felicidade de ver e conhecer sua mãe. Mãe, é sempre mãe, mesmo faltando. Por isso eu quero que eles amem as duas: Mariza, a mãe deles, e Maria, a Mãe de Cristo e de todos.” (Testemunho: Pe. Olmes)

Para dialogar:
- Qual é motivo para ter fotos de pessoas amadas? Quando olha a foto de sua mãe ou uma estampa de uma grande mãe, como Nossa Senhora, o que vem à sua mente?
Leitura do Evangelho (Lc. 1,41-45)

"Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu.”
(Fazer alguns momentos de silêncio. Dialogar sobre as duas histórias. Finalizar rezando uma Ave Maria, uma dezena do terço ou o terço completo)
Conclusão: Deus Pai que escolheu Maria para ser a Mãe de Jesus, abençoe nossas mães e a nós, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!



(esse texto foi retirado do Jornal Peregrinos edição impressa de maio de 2008)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Maio, mês da Mãe Maria

Estimados Peregrinos e Peregrinas:

Estamos iniciando o mês de Maio. É o mês das Mães. Parabéns a todas as mães. É o mês de Maria. Santa, Mãe de Deus e nossa.

Gostaria de retomar a caminhada da fé e de vida de oração. Estamos nesse ano do Centenário da Imigração Japonesa ao Brasil. Nesses cem anos de História de lutas e conquistas, e sobretudo de esperança - fico a imaginar quantos foram os momentos de intimidade com Maria: pela oração, pedidos, agradecimentos, e quanto foi a experiência de sentir a presença da Mãe nesta caminhada histórica de esperança e fé. Os cristãos católicos que rumaram ao Brasil, sentiram que Maria estava junto deles ao atravessar o mar da vida na esperança. Quantas foram as vezes que nestes cem anos de imigração ao Brasil, vossos antepassados pronunciaram com confiança e fé a oração do Anjo: “Ave Maria, cheia de graça ...”, e professavam sua fé na oração que se segue... “Santa Maria Mãe de Deus rogai por nós...”. E sentindo-se tomados pelas mãos da Santíssima Mãe, reconheciam a esperança do amanhã, saudando Maria com a belíssima oração: “Salve Rainha Mãe de misericórdia vida doçura esperança nossa salve...”
Por isso, meu irmão e minha irmã, convido nesse momento a unirmos nossas vozes e cantar como Maria cantou: “Minha alma glorifica o Senhor, em Deus meu Salvador...”. Nestes cem anos de caminhada de fé, agradeçamos a Deus pelo dom da esperança e da fé. Renovemos neste Centenário da presença Nipônica no Brasil, a nossa fé. Somos caminheiros, e o caminho se faz caminhando.

Vamos celebrar com júbilo a vitória! A Mãe de Deus e nossa, sempre esteve junto dos seus, e está... Ela é a nossa advogada, Ela é a Estrela do amanhã. Ela nos indica o Caminho de Seu Filho Jesus... e no caminho de seu Filho, somos discípulos, aprendendo com Maria a fazer tudo o que Ele nos disser.

Em sua trajetória de fé, nestes cem anos, com certeza vossos antepassados reconheceram em Maria, aquilo que São Germano, já em suas orações expressava como um filho confiante: Se formos abandonados por vós, onde nos refugiaremos? Vós sois o Espírito e a vida dos cristãos. Assim como a respiração nos fornece a prova de que nosso corpo possui ainda energia vital, assim vosso santíssimo nome, incansavelmente pronunciado pela boca de vossos servos em todo tempo e lugar e de toda maneira, é mais do que a prova, é a causa da vida, da alegria, do socorro para nós. Do livro: OS CINCO MINUTOS DE MARIA... Reflexões sobre a Virgem para cada dia do ano.

Convido a todos nesse ano do Centenário, juntamente com a Pastoral Nipo Brasileira, que em sua romaria em Julho/2008 fará sua consagração a Nossa Mãe Santíssima, em seu Santuário de Aparecida, quando pedirão a Ela: “Daí-nos a Benção ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida”.



Pe. Dirceu Sudário de Freitas
Igreja Católica de Matsugamine, Tochigi-ken




(artigo de capa da edição impressa do mês de maio do Jornal Peregrinos)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Kibou wo motte ayumu tami (Portadores de esperança)


Em frente ao cais do porto, no Meriken Park, na cidade de Kobe, província de Hyogo, há 580 kms ao sul de Tóquio, ergue-se um monumento representando uma família com o olhar fixo no horizonte. O filho, ainda pequeno, com sua mão levantada indica a mesma direção do olhar de seus pais. Nos quatro lados do pedestal a inscrição em japonês, inglês, espanhol e português: “de Kobe para o mundo”. Ao lado, uma fotografia antiga mostra uma pequena multidão de pessoas sérias e pensativas, embarcando no navio em cuja proa pode-se ler: “Kassato Maru”. Este era o nome do navio cargueiro, adaptado para levar migrantes japoneses ao longínquo Brasil, que zarpou de Kobe no dia 28 de abril de 1908.
Os rostos com expressão triste e a determinação de partir em busca de dias melhores, revelam dois aspectos do fenômeno migratório: a dramacidade e a esperança.
Kobe, Yokohama e outros portos do Japão, foram o palco onde mais de 250.000 japoneses , ao partir para o Brasil, deram e ouviram um “até logo”aos seus familiares e país, mas que na verdade, para a maioria, foi um “até sempre”.Devido às circunstâncias, a terra que era para ser temporária, passou ser a terra na qual não só plantariam café, e produtos agrícolas sazonais, mas seria o solo onde estabeleceriam sua residência permanente. Na atualidade, cacula-se que os descendentes nikkeis no Brasil chegam a 1 milhão e meio de pessoas.
Mas a “terra dos sonhos”, como os agentes de migração costumavam chamar o Brasil para atrair migrantes para ele,nem sempre foi uma realidade. No início da década de 90, quando o Japão passava por um período de crescimento impressionante, mas com uma grande escassez de mão de obra, no mesmo período, o Brasil enfrentava uma crise econômica aguda e a taxa de desemprego era muito elevada. Foi, então, que o Japão decidiu trazer descendentes de japoneses para preencher as vagas de trabalho em suas indústrias.
A decisão do governo japonês desencadeou um movimento migratório sem precedentes, tendo atraído mais de 300.000 brasileiros para a terra de seus antepassados. Na Terra do Sol Nascente, eles trabalham na pequena e média indústria. Eram classificados como “dekasseguis”, trabalhadores temporários. Contudo, hoje em dia, a opinião geral assinala que essa classificação inicial está sendo substituída por “residentes permanentes”.
Essa massa de migrantes, longe de sua terra natal, está celebrando o centenário desde que seus antepassados migraram para o Brasil. Para celebrar o evento nada melhor do que se reunir no mesmo lugar de onde eles partiram, no porto de Kobe, hoje transformado em área turística, chamada Meriken Park. Os motivos de estarem aqui são os mesmos de seus avós e bisavós, A esperança em dias melhores, agregando não só dinheiro às suas vidas , mas também valores morais, religiosos e familiares, é a força que os faz superar os obstáculos. Tudo isso precisava ser celebrado.
O dia 27 de abril de 2008, com um sol brilhante, tempetatura amena, a primavera com sua exuberância, foram os presentes de Deus, para que o povo migrante, juntamente com os autóctenes, autoridades civis e religiosas celebrasse a história de quem partiu e a história de quem chegou há pouco.
Sendo que a maioria dos migrantes brasileiros professam o catolicismo, a celebração de uma missa com o tema “portadores de esperança”, abriu as comemorações. No ofertório foram apresentados símbolos do trabalho dos antepassados bem como símbolos de seus descendentes, agora, no Japão. Balões com as cores dos dois países adornaram o palco.
Seguiram-se espetáculos de músicas e danças nas quais foi possivel perceber elementos de ambas as culturas combinados em harmonia.
Contudo, estava faltando um dos momentos mais esperados: o culto interreligioso e ecumênico. Ministros das religiões buditas e shintoístas, e dos cristãos, católicos e protestantes, ocuparam o palco para dar suas mensagens e orar, cada um de acordo com sua fé. Concluíram, unindo as mãos para rezar juntos pela paz e confraternização entre os povos de diferentes religiões e culturas.
A migração, apesar de ter seu lado dramático, com uma considerável dose de sofrimento, além de incentivar a esperança, oferece uma oportunidade sem igual para a aproximação das pessoas, no respeito pelas diferenças. O passo que segue é fazer das diferenças uma inesgotável fonte de enriquecimento humano e espiritual. Os migrantes brasileiros no Japão estão indicando o caminho.

Padre Olmes- Tóquio

Vejam mais fotos e videos do evento no nosso album Centenário da Imigração:

http://picasaweb.google.com/web.peregrinos/CentenarioDaImigracaoKobe27DeAbril2008

http://picasaweb.google.com/web.peregrinos

(O evento foi um sucesso e amplamente divulgado pela mídia brasileira e japonesa. Estima-se que mais de 5 mil pessoas estiveram por lá. As comunidades catolicas da Diocese de Saitama estiveram representadas por cerca de 60 pessoas de Ibaraki, Tochigi e Gunma.)

As mãos que trabalham

PRIMEIRO DE MAIO DE 2008

As mãos que conhecem a matéria e as leis,
serão capazes de conhecer o espírito e suas pontencialidades;

As mãos que afagam os elementos da natureza,
serão capazes de afagar o corpo e a alma de cada pessoa;

As mãos que reviram a terra para o plantio,
serão capazes de revirar o terreno do próprio coração,
onde as sementes novas poderão germinar;

As mãos que manipulam e dão forma ao barro,
serão capazes de manipular e dar forma aos próprios desejos;

As mãos que transformam o metal e a madeira,
serão capazes de transformar os laços interpessoais;

As mãos que tecem o linho, a lã e o algodão,
serão capazes de tecer novas relações sociais e políticas;

As mãos que lavam, purificam e remendam,
serão capazes de depurar os virus e males do corpo social;

As mãos que executam projetos e sonhos de outros,
serão capazes de forjar e executar utopias próprias;

As mãos que contsroem máquinas e erguem edificios,
serão capazes de levantar do chão uma sociedade recriada;

As mãos que rompem leis e fronteiras,
chamando os pés a percorrer inóspitos caminhos,
serão capazes de mover o motor da própria história,
na busca e construção de uma cidadania universal.

As mãos que a partir do mármore, da pedra e da madeira,
das cores e dos sons, das palavras e das imagens,
dão forma e vida às mais belas obras de arte;
serão capazes de extrair o sentido profundo da existência
a partir da matéria bruta e informe do cotidiano;

Enfim, as mãos que trabalham,
Serão capazes de criar, de sonhar e amar.

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
1º. De Maio de 2008
(recomendado por Pe Olmes)

domingo, 27 de abril de 2008

Santo do Mês- Maio



Santa Rita de Cássia-24 de Maio
Santa Rita de Cássia nasceu na Província de Úmbria, Itália, no ano de 1386. Desde criança queria ser freira; mas, por obediência aos pais, se casou aos 12 anos com um homem violento, infiel e fanfarrão, com quem teve dois filhos. Depois de dezoito anos de casamento, seu marido foi assassinado.
Apesar dos apelos de Rita, seus filhos quiseram vingá-lo, mas morreram antes de conseguir. Viúva e sem filhos, Santa Rita quis entrar para o convento agostiniano de Santa Maria Madalena, em Cássia, e inicialmente não foi aceita por ser viúva. Finalmente admitida por volta de 1407, tomou o hábito da ordem e fez sua profissão. Foi um exemplo de vida religiosa, com suas orações e mortificações. Ela se devotou especialmente a cuidar de irmãs doentes e a aconselhar pecadores.
Em 1417, na vigília de sua profissão religiosa, teve uma visão semelhante a da escada de Jacob. No ano seguinte, ocorreu-lhe outro milagre estupendo. Ordenando-lhe a superiora, em nome da obediência que regasse todos os dias um sarmento seco de vinha, mal transcorreu um ano, já daquele ramo morto brotavam cachos de uvas abundantes e saborosas. E a videira, apesar de velha de cinco séculos, ainda hoje está viçosa.
Fez meditações tão intensas na Paixão de Cristo que lhe apareceu na testa uma ferida, como se fosse causada por uma coroa de espinhos. A ferida permaneceu incurável por quinze anos. Santa Rita faleceu de tuberculose no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos. Foi beatificada em 1626 pelo Papa Urbano VIII, que, em 1637, autorizou sua missa e seus ofícios. Por causa dos muitos milagres ocorridos graças à sua intercessão, recebeu na Espanha o título de santa dos casos impossíveis. Foi canonizada em 24 de Maio de 1900 por Leão XII. Em 1946, foi construída uma nova basílica em Cássia, onde se encontra seu corpo incorrupto. Seu culto é dos mais populares no mundo inteiro por ser padroeira, junto com São Judas Tadeu, dos casos impossíveis. É também protetora absoluta das mães e esposas que sofrem pelos maus tratos de seus maridos.


Oração
Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés um alma desamparada que,

necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós
que tendes o incomparável título de SANTA DOS CASOS IMPOSSÍVEIS E DESESPERADOS.
Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus
para que me conceda a graça de que tanto necessito (dizer a graça que deseja).
Não permitais que tenha de me afastar dos vossos pés sem ser atendido.
Se houver em mim algum obstáculo que me impeça
de obter a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste.
Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o
a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece.
Ó Santa Rita,eu ponho em vós toda a minha confiança;
por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço.
Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

(Esta coluna foi preparada por Fabio Tamura e Murilo V. B. Costa, Jovens Peregrinos da Comunidade Católica de Tsuchiura)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sorteio da Rifa do Carro


O carro que foi doado ao Padre Olmes pelo senhor João Cesar Marcucci e foi rifado, saiu para a senhora Mariza Vasquez Machuca de Ashikaga, Tochigi-ken. O número sortedo foi 946. A rifa rendeu 762.000 ienes, sendo que metade do valor sera revertido para a construção da Igreja de Joso e outra metade para as atividades com jovens brasileiros.

Merece um louvor muito especial quem organizou a rifa, quem vendeu os boletos e quem os adquiriu.

Parabéns à Sra. Mariza, que frequenta a Igreja de Ota, Gunma. Pe Olmes

domingo, 20 de abril de 2008

Koiti e Helena, 25 anos de amor

Koiti e Helena renovaram o seu laço matrimonial no último dia 19 de abril, na Igreja de Tsuchira.
Eles são conhecidos pela sua dedicação e amor à comunidade e também por formarem um dos pares mais charmosos e simpáticos da redondeza.
Parabéns pelos 25 anos de amor!

Obrigada, Pe Olmes

No dia 19 de abril, o Pe Olmes realizou a sua última missa em Tsuchiura e passou o seu bastão para o Pe Nelson.
A missa foi muito especial e cheia de marcos importantes. Além do novo pároco da Igreja de Tsuchiura, Pe Michael, o Pe. Sergio Geremia, que é brasileiro e está em Roma como Superior Geral da Congregação dos Missionarios de São Carlos, Escalabrinianos, também nos deu a honra de sua presença e presidiu a missa.
O Pe Sergio se mostrou muito entusiasmado e contente por poder conhecer uma comunidade brasileira no Japão durante a sua breve visita e lamentou-se por não poder compartilhar de mais tempo conosco. A comunidade também sentiu por não poder acolhê-lo melhor. Esperamos encontrá-lo em breve novamente.
O Pe Olmes sempre deu, e continua dando, muita atenção aos jovens brasileiros no Japão. Os jovens de nossa comunidade, em retribuição ao carinho e dedicação do Pe Olmes durante os ultimos três anos, prestaram-lhe uma pequena homenagem com mensagens espontâneas.
Com certeza sentiremos falta do bom humor, ânimo e desenvoltura do Pe Olmes. Apesar de ser muito atarefado, esperamos que ele volte para nos visitar qando possivel.


































segunda-feira, 7 de abril de 2008

Nossa Família Peregrina-4





Família Sakamoto



Sou da geração que fez o caminho inverso dos japoneses que imigraram para o Brasil. Nasci aqui no Japão e hoje convivo com as duas culturas, pois estudo em escola japonesa e vivo com uma família bem brasileira.
Minha história como descendente de japoneses, é um pouco diferente das outras. Meu bisavô foi para o Brasil bem jovem, logo nos primeiros navios, chegando lá se instalou na cidade de Bastos, interior de São Paulo, e como todos os outros japoneses foi trabalhar no campo, logo conheceu minha bisavó através de “omiai” e se casaram, dessa união nasceu meu “ditchan” Teruo Sakamoto.
Infelizmente, antes de completar dois anos, seu pai morreu e sua mãe conheceu uma outra pessoa e foi viver junto dela, deixando meu “ditchan” para ser criado pelo tio, o Sr. Yoshiharu Sakamoto que o registrou como filho pra que ele pudesse entrar na escola. Ele, junto com a Sra. Yori Sakamoto o criaram, dando estrutura para vida.
Logo com 17 anos meu “ditchan” foi morar no centro de São Paulo com uma prima e trabalhar na relojoaria do esposo dela. Depois conheceu minha “batchan” Bene Sakamoto, que não é descendente, e se casaram. Dessa união nasceu meu pai ,Marcos, que também é filho único, e foi criado totalmente brasileiro, sem muito contato com os avós, pois moravam longe e morreram enquanto ele ainda era pequeno.
Daí veio a onda dos brasileiros que estavam retornando para o Japão e meu pai, aos 22 anos, se casou com minha mãe Imaculada e vieram para o Japão com a cara e a coragem, sem saber nada desse país, sem entender sequer uma palavra. Logo no primeiro ano a minha mãe engravidou e aqui estou eu, Fernanda, que hoje tenho 10 anos e sirvo de intérprete pra família.
Quando fiz 2 anos, meu “ditchan” e minha “batchan” vieram morar conosco e hoje nossa pequena família já conta com mais uma integrante, minha irmã Letícia de 2 anos. Meu “ditchan” relembrou todo o japonês que tinha aprendido quando criança e é só com ele que consigo conversar em japonês, mas é bom, porque assim fico afiada no português e no japonês.
Acho que minha família é uma salada de frutas e acho que as frutas brasileiras são mais saborosas, mas somos muito felizes, graças a Deus, e que Ele continue nos olhando...





Fernanda Namie Sakamoto
Comunidade de Tsuchiura

Santo do Mês- Abril




Dia 19 de Abril-Dia de Santo Expedito

Santo Expedito foi comandante de uma legião de soldados romanos encarregados de proteger o império dos ataques do Oriente. Por ordem do imperador Diocleciano, foi sacrificado, com os companheiros de armas, no dia 19 de abril de 303, e foi martirizado.
Apesar de ser oficial romano, recebeu uma luz divina que mudou sua vida, convertendo-o ao cristianismo. No momento da conversão, apareceu um corvo, ave que simboliza o espírito do mal, e disse-lhe "cráss", que significa em latim "amanhã". O corvo queria que ele deixasse a conversão para outro dia. Ele não aceitou e esmagou o corvo com o pé direito, afirmando "hodie (que significa hoje em latim), não adiarei nada. Não vou deixar nada para amanhã". Ficou conhecido, então, como "o santo das causas urgentes".

Oração a Santo Expedito
"Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes
interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Socorra-me nesta hora de aflição e desespero,
Meu Santo Expedito,
Vós que sois o Santo dos Desesperados.
Vós que sois o santo das causas urgentes,
proteja-me,ajuda-me, dê-me forças, coragem e serenidade.
Atendao meu pedido. (Fazer o pedido).
Meu Santo Expedito!
Ajuda-me a superar essas horas difíceis,
proteja-me detodos que possam me prejudicar,
proteja minha família,atenda o meu pedido com urgência.
Devolva-me a paz e a tranqüilidade, meu Santo Expedito!
Serei grato pelo resto da minha vida e levarei seu nomea todos que têm fé.
Muito obrigado.

(Esta coluna foi preparada porÉrica S. Tamura,Roxane M. Tikazawa, e Monique V. B. Costa,Jovens Peregrinas da Comunidade Católica de Tsuchiura).

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Missa em português em Sano (Tochigi)

A Diocese de Saitama abre mais uma porta para os brasileiros residentes em Tochigi. A Igreja de Sano convida a todos os irmãos e irmãs para a nossa missa em português, todos os segundos Domingos de cada mês, às 18:30 horas, a partir de ABRIL.

Contamos com a presença de todos na nossa primeira missa em português no dia 12 de abril, celebrado pelo Padre Dirceu Sudário de Freitas e também contando com ajuda da Irmã Teresa Shirahama. Aos domingos temos tambem a celebração da missa em japonês às 9:00 horas, e todos os primeiros domingos do mês temos a missa em espanhol às 11:00 horas.

Abaixo, o endereço e o mapa do local, contamos com a participação de todos.
Igreja Católica de Sano
〒327-0016
Tochigi-ken Sano-shi Daishuku-cho 2393
Tel./Fax: 0285-22-0959
Informações com: Irmã Teresa Shirahama
Tel.: 090-9246-9715

Mapa:
Localizado a 7 minutos a pé da estação de Sano-shi e 9 minutos da estação de Sano.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Relembrando e Vivendo II




Sacramentos: Presentes de Deus II

A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas: a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos, a matéria usada pelo ministro.
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento.
A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos
BATISMO:
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.
CRISMA:
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.
EUCARISTIA:
Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.
CONFISSÃO:
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.
EXTREMA UNÇÃO:
Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.
ORDEM:
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.
MATRIMÔNIO:
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim".
Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.
Texto Extraido do site: http://www.capela.org.br

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura

Mapa de acesso - Igreja Católica de Tsuchiura